segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CARNAVAL SEM FANTASIA


É CARNAVAL!
E cá estou eu, sem fantasia, sem confetes e serpentinas. Sem bailar com o impossível e avaliando a cadência do improvável no meu camarote nota 10.
E lá vou eu, passando noites com meu "eu", curtindo a ressaca do passado recente e amadurecendo com maestria o futuro que se molda no presente silente e calmo.
Calmo. Tudo muito calmo...
Como sempre observando, os que em minha volta bailam neste período momesco, fazendo analogia com o literato e as amarguras do arlequim e sua colombina.
Hoje não se chora pela colombina. O arlequim bate, lesa e ofende.
Perdeu-se a poesia dando vez ao número "11.340" e um apelido "Maria da Penha" .
E a madame aqui,assistindo do seu camarote nota 10. avaliando as mazelas do ser humano e sua dor, pungente e sofrida.
E fico feliz, em notar que estou na minha calmaria, só medindo e me preparando para o improvável.
Carnaval bom e tranquilo, curtindo a vida passar.